Thursday, November 30, 2006

Primeiro de Dezembro


Nunca precisei de dias específicos ou feriados para recordar pessoas, coisas ou efemérides. Quando o sentimento intenso é profundo, quando a dor ou a alegria são sublimadas em saudade, recordar torna-se uma atitude constante, um estado permanente, uma vivência. Tudo isto vem a propósito de mais um Primeiro de Dezembro. Para uma grande parte dos portugueses – quiçá a maioria – o dia deste ano, uma sexta-feira, será apenas uma bem-vinda desculpa para um fim de semana longo, como dizem os ingleses. Para outros, no entanto – e que não devem exceder uma mão cheia – é um dia de reflexão. E este exercício, se bem que tenha como pano de fundo a Restauração de 1640, seus heróis e, sobretudo, seu exemplo, cobra grande vigência quando atentamos ao processo de dissolução nacional cuja partida oficial foi dada com a revolução de Abril de 1974, processo este que hoje continua sob nova roupagem. Já não se trata de despedaçar Portugal e entregar os pedaços, numa bandeja d’ouro, ao comunismo assassino de obediência soviética; nem expropriar empresas, invadir herdades, prender milhares de inocentes ou enviar capitalistas e inimigos do povo para o Campo Pequeno; nem vosciferar – com fato macaco, barbicha e cara patibular – contra o fascismo, a reacção, o imperialismo, etc. Hoje a coisa fia mais fino. Com falinhas mansas, sorrisos alvares, gravatas de seda, telemóveis e automóveis de alta cilindrada, os políticos que (des)governam o que resta de Portugal entretêm-se com as modernas ferramentas para a dissolução do país. Com a soberania real transferida à União Europeia e aos caprichos dos senhores de Bruxelas e Estrasburgo, os sobas do rectângulo avançam com as tarefas de casa e dão rédeas soltas a: imigração-invasão que produz desequilíbrios e descaracterização; relativização e banalização da nacionalidade portuguesa; tolerância “100” com vários tipos de delito; promoção de comportamentos que conduzem à desestabilização da instituição familiar; ataques à consciência católica, elemento estruturante da Nação; materialismo desenfreado e inaudito; (des)educação desenraizante e anti-portuguesa da juventude – entre outras barbaridades. Portugal pode e deve ser restaurado: aos corações valentes nada é impossível. Aqui está a minha homenagem aos Restauradores de 1640 e a todos aqueles que sempre puseram a Nação Portuguesa acima de tudo.

Como auxílio à reflexão deixo aqui as palavras pronunciadas a 26 de Outubro de 1933 por um dos maiores Portugueses de sempre – um Daqueles Grandes que sempre colocaram Portugal acima de todas as coisas.

“A Nação Portuguesa não é de ontem; estamos a reconstruí-la, mas não a edificá-la. Nos altos e baixos da sua história há muito esforço, muita inteligência, muita bravura, muito sacrifício. Aos que carrearam para a obra a sua pedra, por vezes até não aproveitada ou inútil, tem de poupar-se a intenção generosa e o trabalho despendido. Quem se coloca no terreno nacional não tem partidos, nem grupos, nem escolas: aproveita materiais conforme a sua utilidade para reconstruir o País; tem a grande, a única preocupação de que sirvam e se integrem no plano nacional. Aos que se obstinam em não servir a Nação; aos que pensam que cada qual pode servi-la e a serve realmente trabalhando como quer; aos que vão mais longe e crêem não dever servir a Pátria para servir teoricamente a Humanidade, é preciso também a esses fazer justiça – ao seu valor, ao seu carácter, à sua honorabilidade, mas é preciso combater sem tréguas, ainda pelo interesse nacional, o gravíssimo erro da sua posição antinacional.” A.O.S.

Wednesday, November 29, 2006

Desporto de Reis





Desporto de Reis em terras dos Reis do desporto. Abierto de Palermo. A partir de meados de novembro e durante quatro fins de semana, simplesmente, os melhores polistas do mundo na principal competição do planeta. Aqui não há crise - são todos argentinos. Quem aprecia este magnífico desporto não pode perder o espectáculo de Palermo: velocidade, raça, malabarismo, destreza, elegância, perfeição, arte. Mais do que os cavaleiros de Gengis Khan, os jogadores do Buzkashi ou os cossacos czaristas - é ver para crer.

Monday, November 27, 2006

Perón & Evita: Terceira via?

A "santa" do povo argentino

Phillipe Noiret - Homenagem a um grande actor

"Manias"

Por entre as ameias da sua Torre o Confrade Mendo Ramires lança-me o repto - ou melhor, a "batata quente" - da divulgação de cinco das minhas "manias". Aqui estão elas:

1. dormir em ambiente absolutamente silencioso e escuro.
2. lavar as mãos dezenas de vezes por dia.
3. interessar-me mais pelo passado do que pelo presente.
4. comer doces, sobretudo chocolates e gelados.
5. ler pelo menos uma boa hora, já deitado, antes de entrar em "sleeping mode".

Bom, agora convoco os seguintes felizardos:

1. Je Maintiendrai
2. Mas o Rei vai nu!
3. O Povo
4. Alma Pátria-Pátria Alma
5. Jantar das Quartas

Saturday, November 25, 2006

O mate

Eu e o café sempre fomos inimigos. Sou adepto incondicional do chá e do seu ritual, seja na versão britânica do high tea ou na francesa, verdadeira art du thé. Neste meu exílio platense aprendi apreciar a infusão local, fruto de uma longa tradição e autêntico pilar cultural. O mate. Corta a fome, é diurético, é digestivo, contém anti-oxidantes, vitaminas do complexo B e outras mais, potássio, magnésio, cafeína, teobromina, etc. - e ainda ajuda a reduzir os níveis de colesterol. Estou convencido de que acompanharia lindamente um pastel de Belém bem estaladiço.

Friday, November 24, 2006

Visconde de Pelotas

Hoje em dia, face ao Portugal abrilescamente insignificante, custa acreditar que a terra lusa já produziu santos e heróis - ou, pelo menos, gente que não media sacrifícios para servir a Pátria. Como é hábito desta casa, de quando em vez saio a buscar algum testimónio desta "produção", especialmente por estas paragens mais meridionais da América do Sul. Há pouco encontrei um indivíduo com uma folha de serviço mais que interessante: trata-se de Patrício José Corrêa da Câmara, primeiro Visconde de Pelotas.

Portugal avança para o Sul com o objectivo de dominar a margem oriental do rio da Prata. Os conflitos bélicos intercalam-se com as negociações diplomáticas - e os dois, muitas vezes, desenvolvem-se em simultâneo. Os tratados de Madrid (1750) e Santo Ildefonso (1777) não lograram resolver a questão de fundo e o território português do Rio Grande de São Pedro (actual Rio Grande do Sul) encontrava-se consideravelmente reduzido.

Entre julho e dezembro de 1801 o então coronel Corrêa da Câmara, comandante da Fronteira de Rio Pardo, à cabeça de um regimento de quatrocentos homens, conquistou os povoados espanhóis de São Gabriel e Santa Tecla, arrasando pela segunda e definitiva vez o forte desta última praça. Da Santa Maria actual Corrêa da Câmara, em impressionante sucessão de ataques, derrota as tropas d'Espanha nas localidades de São Martinho, São Miguel, Santo Ângelo, São Luís Gonzaga, São Nicolau e São Lourenço, terminando por incorporar, manu militari e em carácter definitivo, os chamados Sete Povos das Missões Jesuíticas à corôa portuguesa.

Mas isso não é tudo. Com as tropas portuguesas nas proximidades do forte de Cerro Largo, o governador de Buenos Aires, Marquês de Sobremonte, envia para ali substanciais reforços e, convencido de estar em posição favorável, lança um ultimato de vinte e quatro horas para que os portugueses se retirassem da região. Ficou célebre a resposta do coronel português Manuel Marques de Souza, comandante da Fronteira do Rio Grande e futuro Marquês de Porto Alegre: "Nem em 24 horas nem em 2400 anos" conseguiriam desalojar os portugueses - e que tentassem para confirmar. A tensão é grande e as hostilidades podem começar a qualquer momento. Entretanto irrompe o temerário coronel Corrêa da Câmara com o seu regimento a mover a balança a favor de Portugal. O Marquês de Sobremonte - imagino-o a examinar o terreno e a correlação de forças através de sua lorgnette - decide a retirada das tropas espanholas. Exactamente aí ficou estabelecida a fronteira do que mais tarde viria a constituir o Brasil e o Uruguai, mesmo após a incorporação por parte de Portugal da Província Cisplatina e a sua posterior independentização como República Oriental.

Ao fim desta gesta Patrício José Corrêa da Câmara é ascendido a tenente-general e feito Visconde de Pelotas. Estamos no final de 1801, no reinado de D. Maria I e na regência do príncipe D. João. Ainda era a época de servir a Pátria, honrá-La, dilatá-La. Tivemos de esperar o último quartel do século XX para assistir à inversão destas práticas.

Wednesday, November 22, 2006

Um rotundo "Não"


É comum ver "democratas" e "liberais" embandeirarem em arco com o "25 de novembro". Será mesmo para tanto? E aqueles que são "apenas" portugueses? Por acaso reparou-se a destruição física e moral da Nação levada a cabo pela revolução cravícola, de cuja "pureza" os 28s de setembro, os 11s de março ou os 25s de novembro proclamaram-se defensores? Lindo... É mais ou menos isto: eu sou Portugal; permito que a comunalha sequestre-me; ampute-me os braços e pernas; parta-me os dentes e arranque-me um naco de língua; fure-me um olho e um tímpano; castre-me e, quem sabe, sodomize-me. Ao fim de um ano e sete meses de mimos inigualáveis, teimando em sobreviver mas já sem saber muito bem quem sou, de onde venho e, menos ainda, para onde vou, consigo que a comunalha vá para casa. Fantástico! Dou-me por um felizardo! Agora vou poder recomeçar a vida em "liberdade" e em "democracia". Se ainda tivesse as duas mãos, com ambas aplaudiria efusivamente.

Não. Não transijo com a traição que destruiu a minha Pátria.

Maurras na Argentina


"Algún argentino debería hacer una historia del movimiento político de l'Action Fançaise para enseñanza nuestra. Dirigida por dos héroes, Charles Maurras y Léon Daudet, fue deshecho después de una gloriosa lucha, que honra a Francia".

"Después debió soportar la condena de la Action Française por el engañado Pío XI. Muchos fervientes católicos que militaban en ese movimiento debieron sufrir los terribles coletazos de la condena... Después la Gran-guerra II, peligro mortal para Francia; y después la injustíssima cárcel de Maurras, casi hasta su muerte".

"Pero este estupendo fenómeno político-cultural ha dejado su marca indeleble en Francia y una semilla inmatable."

Pe. Leonardo Castellani

Tuesday, November 21, 2006

"Unser Kaiser"

Sobre um Monarca digno do nome, uma refinada e saudosa Mitteleuropa, e um longo e milagroso equilíbrio num vasto Império multi-étnico, duas magistrais evocações do grande Kaiser Franz Josef, com o Misantropo e o Combustões.

Honra e Glória aos Heróis d'Espanha

Monday, November 20, 2006

20 de novembro - José Antonio


El mar estaba inquieto, el cielo oscuro
por nubes cenicientas apagado,
con fulgor inseguro,
empezaba a asomarse la alborada;
cerrando los Confines de Occidente,
brotaban de las sombras lentamente
las titánicas cumbres de los Andes,
y en toda su hosquedad Naturaleza
mostraba la magnífica fiereza
con que sabe vestir los hechos grandes.

Y entre esa majestad, sobre las olas
que el continuo vaivén tornaba pálidas
las cuatro carabelas españolas
se alzaban atrevidas y gallardas;
sobre la inmensa superficie solas,
las quillas en el mar, la enseña al viento
lanzaban en su arrojo un desafío
al oscuro nublado, al mar bravío,
al ígneo rayo y al ciclón violento.

¡Jamás ante el poder de un elemento
temblaba aquella Raza de titanes!
Hasta el mar cuando fiero se alborota
humilla su poder ante una flota
como aquella de Hernando Magallanes.

El era su Almirante. Sobre el puente
de la nave izadora de la enseña
iba el bravo marino, alta la frente,
la mirada aguileña
escrutando orgullosa el Occidente:
es que allá, separados los pilares
que forman la gigante cordillera,
dejaban paso abierto hacia otros mares,
es que la audaz quimera
que en su mente genial alentó un día
ante la faz de la Creación entera
proclamando su gloria se cumplía...

Magallanes habló; sus ojos de ave
brillaban encendidos de entusiasmo,
los bravos marineros de la nave
le escuchaban hablar, mudos de pasmo,
y aun las nubes que en lo alto se cernían,
y hasta el agua sin fin del mar Atlante
absortas parecían
escuchando la voz del Almirante.

–¡Ya es hora! –dijo–. ¡Un mundo nos espera
tras del que hoy se divide a nuestro paso¡
Sigamos nuestra ruta aventurera
por los mares ignotos al ocaso!
Es infinito el mar, la vida corta,
nuestro poder, pequeño,
¡pero no os arredréis! ¿Qué nos importa
que se acabe la vida en el empeño?
¡No importa que muramos! Las estelas
que dejan nuestras raudas carabelas
jamás han de borrarse; por su traza
vendrán para buscar nuevos caminos
otros bravos marinos
de nuestra Religión y nuestra Raza;

De España y Portugal, la raza ibera
cuyos hijos, unidos como hermanos,
a la sombra van hoy de una bandera;
portugueses e hispanos,
bogamos juntos tras la misma suerte...
Españoles, ¡quién sabe si algún día
se unirá vuestra Patria con la mía
en un lazo de amor eterno y fuerte!

Calló; todos callaban
de solemne estupor sobrecogidos;
los bravos corazones palpitaban
con rápidos latidos,
y tendiendo los brazos a Occidente,
por donde un nuevo mundo aparecía,
el marino vidente
acabó la asombrosa profecía:

– Esas costas y esotras cordilleras
también serán iberas
cuando naves de Iberia con sus quillas
surquen aquel Estrecho que allí asoma;
desde las dos orillas
les darán parabienes en su idioma...
¿Qué importa nuestra muerte si con ella
ayudamos al logro de este sueño?
Si la muerte es tan bella,
¿qué importa sucumbir en el empeño?..
¡Adelante, hijos míos!
–gritó transfigurado, el Almirante–.
Y los cuatro navíos
temblaron a las voces de: –¡Adelante!..

Hincháronse las velas;
en el mástil derecho
la enseña tremoló, las carabelas
embocaron audaces el Estrecho...
Y entonces, estallando de repente
la fiera tempestad que amenazaba,
rugió por los espacios imponente

cual monstruo colosal que se destraba;
aullaba el huracán, el mar bramaba
alzándose feroz en ronco estruendo
y la Creación entera parecía
que presa de pavor se estremecía
ante el empuje del ciclón tremendo.

¡Era un himno triunfal que nubes y olas
con su música fiera
cantaban a las naves españolas,
embajadoras de la Raza Ibera!

JOSÉ ANTONIO PRIMO DE RIVERA

(retirado de
Hispánitas)

20 de novembro - Franco


"A Franco pueden discutirlo cuanto quieran, es cuestión de gustos, hay quien no soporta a Wagner, quien se ríe de Miró y hasta quien admira a Castro. Franco gustaba a casi todo el mundo: a Don Juan Carlos, quien hizo de él grandes elogios antes y después de ser coronado Rey de España; a De Gaulle, Eisenhower, Churchill, a Celia Gámez, Santiago Bernabeu, El Cordobés, Pío XII... En cambio, le cayó muy mal a Hitler y a don Alfonso Guerra, qué le vamos a hacer. Su obra no se puede discutir, la España que él construyó fue un milagro, los españoles pasaron de la miseria y la división, a la prosperidad y la paz, unidos vencedores y vencidos en larga marcha, de la alpargata al seiscientos, de la sequía a los embalses, del atraso a la novena potencia industrial, del pintoresquismo para viajeros intrépidos a primera potencia turística. Sonrojo produce refrescar la memoria a los desmemoriados. Ahí está - lo que queda -, nadie lo niegue.

Reprochan a Franco su oposición al modelo democrático ordinario, su alergia a los políticos: injusto reproche. Franco formó sus gobiernos con políticos de muy diversas ideologías. Hubo ministros conservadores y socialistas, monárquicos y republicanos, sindicalistas y capitalistas, cavernícolas y revolucionarios.

Faltaban algunas libertades que lo mismo frenaban a los poderosos que a los débiles. Los obreros no podían presionar con la huelga; ni los patronos con el despido. Tan represivo era lo uno, como lo otro. Los que tanto se movieron para resucitar la huelga, han tenido que conceder a los empresarios el despido libre. Podría preguntarse a los obreros, si se sentían más protegidos antes o ahora.

La eficacia práctica de los Gobiernos de Franco, se debió a que políticos tan diferentes, dejaban a un lado los intereses de sus partidos y se dedicaban, exclusivamente a trabajar para España. Para toda España. Algo inconcebible hoy, imposible en el viejo sistema de las democracias de partido. El Gobierno trabajaba libre de preocupaciones ajenas al interés único del Estado. Franco daba libertad a cada uno para administrar su parcela de poder y, cuando lo requería el momento político nacional e internacional, les enviaba el motorista.

Así se hizo el milagro, así de sencillo."

Palavras de Ángel Palomino.

Friday, November 17, 2006

Bordaberry: governante católico uruguaio

Juan María Bordaberry, antigo presidente do Uruguay, acaba de ser condenado à prisão por "violação dos direitos humanos". Eleito em 1972 - de acordo com todos os cânones demo-liberais, diga-se de passagem -, durante o apogeu do atrevimento terrorista e em meio a uma grave crise económica, Bordaberry, respaldado pelas Forças Armadas, dissolve o parlamento, suspende a actividade dos partidos e restringe as liberdades civis, avançando com decisão sobre a guerrilha tupamara. Homem profundamente católico num país profundamente ateu, Juan María Bordaberry tinha plena consciência dos riscos que corria mas aceitou o desafio, como cristão e como patriota. Tentou restaurar a ordem num país moldado pela maçonaria e assolado pelo terrorismo marxista. Procurou - e por um bom perído conseguiu - que o Uruguay vivesse e progredisse em paz, sob um governo forte e responsável, segundo os princípios cristãos da ordem política. Um pouco à imagem de Gabriel García Moreno, guiou-se pela máxima do grande ecuatoriano: liberdade para tudo e para todos, excepto para o mal e para os causadores do mal. A verdade - infelizmente - é que na antiga Província Cisplatina portuguesa apenas um pequeno grupo de homens estava decidido a levar a Contra-Revolução até ao fim. Em 1976 Bordaberry é deposto pelos militares - os quais não souberam ou não quiseram estar à altura de uma empresa de tal transcendência. Aos que desejarem conhecer um pouco deste governante católico e da Cruzada que se levou a cabo no pequeno país platense, recomendo vivamente esta entrevista com Juan María Bordaberry, concedida antes da ignomínia da sua condenação.

Thursday, November 16, 2006

Uma homenagem a Charles Maurras, pela pena de um gentleman blogosférico.

Wednesday, November 15, 2006

Sua Majestade D. Pedro II do Brasil

A 15 de novembro de 1889 D. Pedro II, Imperador do Brasil, era deposto por uma quartelada de inspiração maçónica - a entidade a que dão o nome "povo" esteve inteiramente à margem do acontecimento. Após alguma deliberação, não tendo sido acatada a sugestão de fuzilamento do monarca derrubado, feita por um antepassado do ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, os revoltosos decidiram enviar o grande Senhor ao exílio. A imagem contrária do pai, graças, talvez, à acção benéfica de uma mãe Habsburg, D. Pedro II foi um homem bom e honrado, culto e inteligente, com uma perfeira noção da sua responsabilidade para com o seu povo. Incentivou a indústria, a agricultura, o comércio, as ciências, as artes, a educação. Todos os sábados, com os portões do Paço de São Cristóvão abertos, recebia qualquer pessoa sem necessidade de marcar audiência prévia. Conseguiu, possivelmente pela primeira e última vez, que o Brasil projectasse uma imagem de decência e respeito, tanto interna como externamente. Ao ser ignominiosamente expulso do Brasil, e sem um tostão no bolso, D. Pedro e sua família vão viver para Paris, instalando-se em um modesto hotel, onde são literalmente sustentados por pessoas amigas e, até mesmo, por longínquos desconhecidos. Nunca ouviu-se-lhe um queixume ou uma crítica, apenas a constante preocupação com o seu povo e o seu país, sempre mergulhados na mais profunda - e lusíssima - saudade. A 5 de novembro de 1891 morre em Paris aos 66 anos. A França republicana, então presidida por Carnot, presta-lhe honras de chefe de Estado - as exéquias públicas e as homenagens dão disso testemunho. Entre as delegações enviadas e os diplomatas acreditados uma única ausência foi notada: a do Brasil republicano e maçónico, que, irritadíssimo com esta "desfeita" francesa, protestou ao Quay d'Orsay. As lições da História estão à vista - os homens, os seus discursos, as suas acções. Quem quiser dar-se ao trabalho que observe, compare e tire as devidas conclusões.

"Batalha Final"

Sem conseguir deixar mensagem na caixa de comentários ou comunicar via correio electrónico, lavro aqui o meu protesto pela decisão de encerramento do "Batalha Final". Rogo encarecidamente ao Rodrigo Nunes que reconsidere e, seja com o mesmo galhardo estandarte ou com um novo, continue o bom combate pelos valores que interessam e pelo Portugal de sempre.

Friday, November 10, 2006

TV Curtura

Tempos houve quando em Terras de Vera Cruz a nossa Língua era considerada a "última flor do Lácio inculta e bela."

Personalidades

Divirto-me à brava sempre que vejo o comandante Chávez apresentar-se como a "re-encarnação" de Simón Bolívar - versão abaçanada e carroceira, claro está... De grande interesse clínico também é o comportamento do presidente brasileiro - o Sr. Silva, genuinamente convencido de que é Deus. Em outra época e outro continente outra sumidade auto-proclamada deu asas à imaginação. Quem não se lembra deste garboso "Rei da Escócia"?

Dupla Maravilha

Num circo perto de si.

Argentina x Irão

Em 1994 um atentado à bomba destruiu a sede da Asociación Mutual Israelita Argentina deixando um saldo de oitenta e cinco mortos. Hoje mesmo, após ter declarado a operação terrorista um delito lesa-humanidade - e portanto imprescritível -, um juíz de Buenos Aires ordenou a busca e captura de vários cidadãos iranianos, incluindo, nada mais nada menos, o ex-presidente da república islâmica, Ali Rafsanjani, um ex-ministro de Informação e Segurança, outro dos Negócios Estrangeiros e até mesmo um ex-comandante de Guarda Revolucionária. Convencido de que o atentado foi uma operação conjunta Irão-Hezbollah, o magistrado porteño também "contemplou" alguns altos funcionários da organização palestiniana com ordens de captura. Não tenho elementos suficientes para julgar a decisão da justiça argentina, sobretudo quando a reputação da mesma não está a valer meia pataca. Duvido muito da efectividade de tais medidas, a não ser no que respeita ao consumo interno. Diga-se de passagem que a maciça - e exitosa - campanha de character assassination orquestrada contra o ex-presidente Carlos Menem, de extracção 100% síria, tentou imputar-lhe alguma responsabilidade nesta barbaridade. Uma coisa é certa: Kirchner não dá ponto sem nó e uns bons frutos há-de colher em tudo isto. Aliado de Chávez e, até há pouco num discreto flirt com os iranianos, agora investe contra Teerão, ganha popularidade na enorme comunidade israelita local e torna-se um bocadinho mais simpático aos olhos dos EUA.

Wednesday, November 08, 2006

Politicamente incorrecto V


"Oliveira Salazar, en la modestia cristiana que envuelve su fecunda acción, quizá sea lo más grande que haya hoy entre los gobernantes de pueblos. Porque en un momento de gravíssima desorganización y corrupción, cuando sobre las energías interiores de los pueblos pesan los errores y lacras del siglo, y todo el desconcierto internacional, sabe llevar a su pueblo, sin provocar convulsiones, por la senda del verdadero orden político. Quién sabe si cuando pase esta crisis que agita a las naciones del orbe, no deban éstas volver sus ojos al Estado forjado en Portugal por este maravilloso político, para adaptarlo a sus propias vidas".

Politicamente incorrecto IV


O nome da editora - Cruz y Fierro - já provoca um certo mal-estar na rapaziada das liberdades & democracias. O conteúdo deve levar o autor ao pelourinho. Entretanto o que aqui importa é retornar a uma concepção de Estado como uma unidade orgânica de indivíduos e instituições integradas em um todo nacional.

Politicamente incorrecto III


"A união da verdade absoluta que é o Catolicismo e esta outra verdade parcial e humana - porém verdade ao fim e ao cabo - que pode e deve ser o Nacionalismo".

Politicamente incorrecto II


Contra o "motim de burgueses" de 1789.

Politicamente incorrecto I


Mais politicamente incorrecto é impossível.

Julio Sosa

Directamente do Panteão: "El varón del tango".

Jean Gabin

On prend un verre?

Tuesday, November 07, 2006

All Bowlly

Natural de Lourenço Marques, de pais greco-libaneses, foi um dos maiores êxitos na Londres dos anos 30.

Bem-vindos

A morada é nova mas a casa é a mesma. Sejam muito bem-vindos.