Farsada
Dia de eleições na Argentina: renovação do palratório e dos desgovernos de algumas províncias. Corrupção, demagogia e gritaria em doses cavalares; criminosos, idiotas úteis e inúteis, ingénuos em profusão. O traço comum a todos? A procissão de fé inabalável na democracia... e na república. O gentio está contente: tem o que merece e aquilo com o qual se parece. Está explicado.
2 Comments:
Caro Euro-Ultramarino:
É assim na Argentina e em todo o mundo aculturado e estupidificado de hoje, cujos habitantes já não sabem pensar por si, e funcionam mais como sistemas automáticos de retroacção. Querem dogmas, para não terem de pensar, ou de agir verdadeiramente. E os ignóbeis servos da política sabem-no bem, e substituiram os antigos dogmas religiosos pelos novíssimos e monstruosos dogmas do «politicamente correcto», da «demo-cracia», e de outras «holocoisas». Tudo para dominarem, chafurdarem e esmifrarem um mundo que pensam ser deles.
Bem dizia Platão, na sua «República», que «a democracia é o segundo pior sistema político possível, logo acima da tirania. Na melhor das hipóteses, desemboca numa vitória da mediocridade, de tudo o que é baixo e vil; na pior, resvala para a tirania». E isto com extrema facilidade.
No caso presente, euro-federasta (perdoe-me a expressão, mas esta gentalha não merece mais), está-se a formar um misto dos dois cenários de Platão: uma oligarquia medíocre e vil a montar um estado totalitário de opereta. O que nos vale é que tais estruturas erigidas por medíocres medíocres são, e que, tal como um edifício mal construído, desmoronam-se infalivelmente ao menor sopro de vento. Uma boa queda é o que lhes desejo.
Resta-nos a nós, que conservamos a memória da História e os valores da Pátria, mantermo-nos firmes no meio do vendaval de estupidificação que assola o planeta, como candeias numa noite muito escura, nem que seja como modestas pedrinhas de luz a marcar um caminho de regresso a uma realidade bem melhor do que esta. De um ou outro lado do Atlântico, penso que temos essa obrigação.
A política é demasiadamente importante e perigosa para ser deixada nas mãos dos políticos.
Até que chegue a Hora...
Cumprimentos da Metrópole.
Assim é, Caro Carlos - infelizmente! E creio que ainda não tocámos o fundo. Fazer do homem o centro de tudo, expulsar o transcendente da vida, pode dar ao pobre homem a ilusão de soberania... mas na verdade transforma-no em mero escravo do que existe de pior.
Um abraço.
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