De pé.
Num dia como hoje, há trinta e quatro anos, roubaram-me a Pátria. Sequestrada, violentada, despedaçada, lá se foi, imolada, uma Nação. Outrora Grande e Heróica, levada à decadência pelo Mal que divide os homens e os atiram uns contra os outros, a minha Pátria foi restaurada à grandeza, ao prestígio. Imperou a Ordem, a Autoridade, o interesse colectivo. Retomou-se a missão histórica. A Lei da morte levou o Sábio, o Guia de génio, que deixa apontado o caminho seguro, único e verdadeiro. Vem o homem comum, como os outros. E vêm os outros. Os valores e as certezas dão lugar aos ensaios e às dúvidas. Cai a guarda e o Mal rejubila-se. E fecha o cerco, amparado nas suas certezas - que não se abalam. E o homem comum, assistido por homens comuns, cruza os braços à espera da tempestade. Franqueadas as portas são os bárbaros que se impõem. Da liberdade para tudo e para todos, excepto para o Mal e para os fazedores do Mal, passa-se ao exacto contrário. Negam-se as gerações passadas, o Capital acumulado, a Tradição. Liquida-se tudo em nome da foice, do martelo, do cifrão. A pessoa humana volta a ser indivíduo, grão de poeira insignificante nas poderosas revoadas da revolução. Que milhões dos seus sejam atirados às valetas do martírio, pouco importa! É o amanhã que canta. Líquido e vermelho, como o ódio. Que depois torna-se negro, como o Mal. Visitam-se as profundezas da natureza humana, as cloacas do carácter miserável da espécie, quando desviada da Luz e caída na escuridão. Mas da minha Pátria algo restou. Por mais incrível - ou milagroso - que isto possa parecer. Desgovernado pelos herdeiros e beneficiários do banquete diabólico que consumiu o Seu melhor, corpo e alma, há um resto de Nação que insiste en viver. Viver e não sobreviver! São sementes de Portugal. É com esses poucos que a minha Pátria há-de ser restaurada. Se a Providência assim o desejar.
5 Comments:
Como muitas outras pátrias grandes destruidas ou em vias de destruição.Como a pequena Grande Rodésia, quese bateu heróicamente, contra tudo e contra todos, derrotou batalha após batalha os terroristas comunas, que já se achavam próximos da aniquilação, quando interesses pérfidos do grande capital e do liberlismo chique globalizante entregaram o poder ao ogro-mor Mugabe. Meu irmão mais velho (René Friederiksen- ex capitão paraquedista do Exército brasileiro e ex legionário francês) lutou ao lado dos rodesianos por 06 anos, perdeu um olho e muitos companheiros leais, brancos e negros, que partilhavam as mesmas trincheiras e o mesmo horror ao terrorismo comunista que viam e sentiam na pele a cada dia.Eu mesmo, para manter va tradição da família me torneifuzileiro naval brasileiro aos 21 anos, pedi minha baixa como segundo-tenente e em 1989 me alistei no 32 batalhão da Republik van Suid-Afrika e participei das campanhas na Namíbia e na fronteira com Angola, onde conheci dezenas de ex-combatentes rodesianos e portugueses das guerras coloniais, onde ouvi muitas histórias de horror e de heroísmo e onde provei e testemunhei o valor e a coragem de homens de todas as cores que um dia sonharam com uma Àfrica verdadeiramente humana, rica e orgulhosa, que sucumbiu como jamais deveriam sucumbir os bravos, pela perfídia, pela traição. Vermes, isto é que são esses democratas liberais limpinhos, odeio-os mais do que qualquer terrorista vermelho que ao menos teve a coragem de tomar um fuzil em mãos, que dos cafés e de suas cátedras nojentas vibravam quando famílias de colonos eram mutiladas e fingiam não saber de nada quando a própria população negra começou a ser assassinada em massa.Destruíram a Argélia, a Indochina, Goa, Diu e Damão, a Rodésia, Cuba , a América Central, o Afeganistão, toda a Àfrica portuguesa, a Àfrica do Sul e estão em vias de destruir a Venezuela, a Argentina, o Paraguai e o meu Brasil, sempre com a onipresente mídia internacional, a pútrida ONU e a repugnante União Européia, que acabou de engolir de vez o que restou de seu belo Portugal.Será que nosso tempo expirou?Ficaremos sentados na ruinas de nossa civilização vendo seu crepúsculo sem nada poder fazer? Sequestraram nosso SER?
Abços. Aldo Friederiksen
São Paulo-BR
Caro Aldo,
Obrigado pela visita. Vejo que a família Friederiksen é, como dizem os ingleses, de "deeds" e não de "words". De arma em punho bateram-se ao lado daqueles que desejaram o bem de África, na Cruzada contra a barbárie vermelha. Registo aqui o meu respeito, a minha admiração e o meu agradecimento.
Um cordial abraço.
Magnífico o artigo e o meu aplauso, sobretudo, pela esperança proclamada.
Fez bem. Portugal não morreu ainda. Transformou-se, apenas.
Como diz, no final, só a Deus cabe decidir da sua sobrevivência. A nós, cabe-nos continuar a lutar!
Caro Joaquim,
O Amigo é que é gentil para com o desabafo deste desterrado do hemisfério sul. Cá continuaremos na luta.
Um abraço.
Ora aqui está o que chamo de um texto escrito com lágrimas, sangue e suor!
Abraço ultramarino
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