Thursday, July 15, 2010

Combater o bom combate

Aí estivemos, umas cento e cinquenta mil pessoas, devidamente reduzidas a sessenta mil pelos media ditos de referência. De católicos muito conciliares a evangélicos em massa, do Opus Dei aos tradicionalistas lefebvrianos, de sedevacantistas a agnósticos - havia de tudo. Cada grupo por sua conta, sendo que a iniciativa esteve claramente dominada por evangélicos e pela Igreja conciliar. Quem me conhece sabe que não alinho com a trilogia soberania popular - sufrágio universal - partidocracia, logo, nada de bom espero deste sistema pulhítico ateu, materialista, igualitário, demagógico, corrupto e perverso. E que também não sou dado a manifestações de rua com seus aparatos de som e coreografía carnavalesca, bem ao gosto do sistema político que desprezo. Mas desta vez, e apesar dos laivos modernistas, ecuménicos e evangélico-carismáticos da iniciativa, sendo supremo e sagrado o objectivo, decidi aceder. No interior do belo edifício que abriga o para-lamento, estavam os senadores, i.e., os estafadores, a brincar aos engenheiros sociais, a teimar com a natureza, a desenhar homem e sociedade novos, a exercitar a sua infinta soberbia, a pisotear a Lei de Deus. Nada, pois, a esperar de materialistas e maçons. Rezei sim, antes, de joelhos e diante do Santíssimo Sacramento, a pedir pela intervenção da Providencia. E lá fui, com a minha presença, levar um grão de areia àquela praça, e unir a minha voz aos que gritavam “sim” à familia natural. Duas mensagens foram lidas duracte o acto: uma, do Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio; a outra, assinada pelos dois leaders dos evangélicos argentinos. O texto do prelado católico, 100% políticamente correcto, mais pareceu da pena de um sociólogo ou antropólogo. Em vez de falar em Deus e na Sua Lei, na Ordem Natural, na Verdade e no Erro, o que se ouviu era muito “diálogo”, “pluralidade”, “respeito pelas diferenças”, “código civil”, etc. Quem saiu à estacada, como Dios manda, foram os evangélicos, com um discurso diametralmente oposto ao do Primaz. Depois admira-se o gentio com o esvaziamento da Igreja de Roma! De apostasia em apostasia… Enfim, baldado esforço: a nefasta lei acabou por ser aprovada. A Argentina toca o fundo da decadência. E mais um decidido passo é dado em direcção ao inferno.

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