
Desde 1732 aí está a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, entre o antigo convento dos
frailes recoletos e o cemitério. O convento, devidamente expropriado durante o auge do maçonismo republicano, é hoje "centro cultural" público, onde, frequentemente, exibe-se "arte" que insulta a sensibilidade dos cristãos em geral e dos católicos em particular. À frente da bela Igreja, nos fins de semana, tem lugar a "feira do artesanato": fumam-se charros com grande à-vontade, vende-se a cara do
Che estampada em uma infinidade de objectos, ouve-se muito
reggae e nao só, e deitam-se toneladas e toneladas de lixo ao chão - garrafas de plástico e de vidro, latas, embalagens, etc. De quando em vez o cemitério é palco de intervenções "artísticas" alternativas: outro dia, em meio a luzes coloridas e
rock a todo o volume, foliões encenavam alguma obra que os obrigava a pisotear os túmulos, saltando alegremente de um para o outro. As noites aí ao pé também sao movimentadas, com profissionais do sexo para todos os gostos, acompanhadas dos respectivos
pimps. Há pouco um grupo de jovens judeus, a celebrar a
Januca, armou o seu candelabro de 9 braços exactamente no eixo de perspectiva da Igreja, bem à sua frente... Buenos Aires é uma cidade muito grande, mas a rapaziada gosta mesmo é de marcar presença ali. Às vezes penso que é por puro despeito para com os católicos... Mas devo estar enganado: trata-se de mera coincidência.