Tuesday, January 20, 2009

20-01-2009. Dia de São Sebastião e não só.


Hoje, ao divisar-se no horizonte a linha de chegada, a Revolução acelera sobremaneira o passo. O plano inclinado da regressão humana vai tender cada vez mais para uma linha perpendicular.

6 Comments:

At 20 January, 2009 18:16 , Anonymous Anonymous said...

Caro Amigo:

Hoje é dia de S. Sebastião, e aniversário do nascimento do nosso Rei D. Sebastião, nado em Lisboa a 20 de Janeiro de 1554. Um dia de Luz e sombras, quer no sentido próprio como no figurado.

E, tal como muito bem diz (escreve), o plano está cada vez mais inclinado. Por isso, volto a perguntar neste dia, como Pessoa:

«Senhor, quando é o Rei, quando é a Hora?»

Grande abraço transatlântico.

 
At 20 January, 2009 21:34 , Blogger Marcos Pinho de Escobar said...

Obrigado pela recordação do aniversário de D. Sebastião, Caro Carlos. De facto devia tê-lo incluído - já não esqueço! Espero que a "Hora" do "Rei" não tarde...
Um forte abraço.

 
At 21 January, 2009 22:46 , Anonymous Anonymous said...

Acabo de ler o seu comentário Carlos e que prazer vê-lo por aqui. De facto tem toda a razão em perguntar quando é a hora. Tudo tem um princípio e um fim. O fim deste completo horror também chegará. Pena é que demore tanto tempo. Para o país terão sido décadas tristemente desperdiçadas. Para os portugueses foram gerações dolorosamente perdidas. Em qualquer dos casos crimes sem perdão. E é este pensamento que nos provoca uma dor profundíssima na alma. Dor que simplesmente não passa. Quem ama incondicionalmente Portugal, sabe do que estou a falar.

Desejo sinceramente que esteja melhor de saúde, Carlos. E repetindo-me, não se esqueça de escrever de vez em quando desde que isso lhe seja possível. Como disse anteriormente, tudo o que escreve é para ser lido impreterìvelmente.
Maria

 
At 22 January, 2009 08:51 , Anonymous Anonymous said...

Querida Maria:

Muito obrigado pelas suas palavras. A minha Amiga sabe bem a dor que trazemos na alma. Só que agora parece doer mais. Não é pelo tempo que passa - que esse tende a levar ao embotamento - é pelo agravar dos ataques à Pátria amada e aos seus verdadeiros Filhos e Filhas. Ataques diferentes na forma - esta mais subreptícia, interna - mas de gravidade semelhante aos perpetrados durante o infame PREC.

Se este era infame, brutal e tosco, a destruição paulatina, fria, cada vez mais acelerada e comandada do exterior que a Pátria tem vindo a sofrer, é mais que infame ou ignóbil: é sinistra.

Prepara-se um exercício de poder - uma experiência, portanto, como tem sido nestes últimos decénios - concentracionário, estalinista no modo e nos tiques, orwelliano na forma e nos meios. Até a absurda «lei de reestreturação das forças de segurança» - que é ferida da mais flagrante inconstitucionalidade (até à «luz» da constituição abrileira, pasme-se) - prevê o comando directo das forças militares pelo poder político - passando por cima do PR e das cadeias de comando - com carta branca para aquele as poder voltar contra a própria População Portuguesa, num acto de incrível alta traição.

Isto passando por uma tentativa saloia de «tecnologia pour épater le bourgeois» de controlar o que resta da Justiça - através de um sistema informático absurdo e centralizado chamado CITIUS, onde tudo o que é escrito por juízes, MPs e advogados fica num servidor central, acedido à vontade pelo poder político, com possibilidade de alteração - até um infamante «Cartão Único do Cidadão», também ele expressamente proibido pela Constituição, que se vem a saber vir a ser controlado pela banca, já que se destina também a substituir os cartões de multibanco e de crédito, de modo a que «ninguém possa comprar ou vender ou trabalhar sem o número (da besta)». «Eles», que se dizem ateus, até seguem o apocalipse de S. João - no papel da treva, é claro.

E é por tudo isto, querida Amiga, que a minha alma está em ferida aberta; já não é a imensa tristeza da Pátria assaltada, desmembrada, violentada, das gerações perdidas e esmagadas na voragem louca do PREC e da desgovernação; é esta ameaça imensa à própria sobrevivência de Portugal - tanto da Terra como das Gentes.

«Não foi para servos que nascemos/da Grécia ou Roma ou de ninguém»

Muito menos de um cinzentismo totalitário, medíocre e esmagador que nos querem impor como «progresso».

Um grande abraço deste seu sempre amigo

 
At 24 January, 2009 00:30 , Anonymous Anonymous said...

Muito obrigada Carlos pelo seu extraordinário comentário, nem poderia ser doutro modo vindo e si.

Fala na subalternidade que o poder político quer impor aos militares (como já fez o mesmo à justiça há muio tempo), mas e estes não têm uma palavra a dizer? Não se revoltam? É isto que não se compreende e menos ainda se admite, tendo em conta o estado lastimoso em que o país em geral e a sociedade em particular, se encontram. O país, face à U.E. que põe e dispõe sem que os governos dos países que a ela aderiram tenham qualquer tipo de influência nas decisões da maior importância para cada Estado como, entre muitas outras, a segurança interna e a economia; e a sociedade, pelo completo laxismo dos políticos - vendidos que estão aos mundialistas - pelo absoluto alheamento da justiça e desorientação e desinteresse das polícias por falta da autoridade do Estado, o que se traduz na ausência quase total da lei e da ordem ao nível da rua e consequente abandono e protecção do cidadão.
Mas afinal o que é que impede ou trava os militares - o verdadeiro garante da segurança e defesa do povo, visto serem eles quem efectivamente detém o poder porque possuem as armas e em consequência disso os únicos cidadãos que os políticos realmente temem, fingindo que respeitam - de se levantarem em armas (uma expressão que noutros tempos era utilizada como metáfora, mas que hoje adquire toda a propriedade) perante o total inferno em que este regime transformou um país outrora totalmente independente, auto-suficiente e orgulhoso do seu passado e invejado e respeitado pelos governos mais poderosos do mundo, num outro que é o seu completo oposto e a sombra do que foi, sobrevivendo há décadas das esmolas que escorrem duma Europa sem rumo nem norte, sem as quais não sobreviveria? Que espécie de regime é este que trocou o nosso escudo outrora fortíssimo, numa outra moeda que não vale nada, nos faz passar fome e todo o tipo de carências e que produziu centenas de milhar de desempregados, moeda essa fictícia que sendo de muitos não é de ninguém? Que regime desgraçado é este que foi capaz de transformar um povo trabalhador, honesto, dedicado, cumpridor, elogiado pelos estrangeiros que com ele tomavam contacto tanto cá como lá fora, num povo mandrião, acomodado, trafulha, desonesto, incumpridor, faltoso, violento, carregado de vícios impensáveis noutros tempos, um regime que produziu uma juventude desorientada, triste e sem objectivos na vida, parte da qual já se perdeu e a restante sobrevive perdida, condenada a uma morte dolorosamente precoce e tudo consequência da subversão total dos valores pelos quais sempre nos regemos como povo? Que pseudo-regime é este que substituiu políticos íntegros, patriotas, honrados, cultos, gente de saber e de muita classe - pessoal e profissional - por políticos corruptos, ociosos, cínicos, mentirosos, hipócritas, viciosos, criminosos e traidores à Pátria? O que é que faz que um punhado de bravos militares, daqueles que amam e representam a Pátria e o povo com verdade e honra, capazes de todos os sacrifícios em sua defesa - que ainda os vai havendo, graças a Deus - não corrijam pelas armas, se preciso for, o desvio criminoso que a Nação sofreu e o perigo tremendo em que se encontra? Nação esta feita de Homens Imortais que tantas alegrias e glória deram a este povo, traduzidas em actos de bravura inexcedíveis e de devoção inolvidáveis, escritos com sangue e lágrimas como só os verdadeiros Heróis são capazes, de que a nossa História está pejada e de quem tanto nos devemos orgulhar?
Há qualquer coisa de tremendamente grave no corpo de uma Nação, quando, perante a sua lenta agonia e inexorável morte, a única autoridade com a legitimidade, a obrigação e o dever de a salvar, não move uma palha sequer para o fazer.
E se o caso já é demasiadamente grave tal como os portugueses o detectam, pela sua estranha e anormal persistência é bem capaz de ser muitíssimo pior do que os portugueses possam sequer imaginar.

Quando um povo se sente abandonado e sofre angustiadamente por um destino que não merecia nem pediu e implora a sua defesa, mas não é ouvido por quem tem o indeclinável dever de o salvar ainda que à custa da própria vida, que mais restará a esse povo? Suicídio colectivo? Tudo leva a crer que é exactamente isso que deseja ardentemente o inimigo e ainda que não o pareça, para seu gáudio e glória demoníaca, parte deste objectivo está a ser paulatinamente conseguido.

Porém ainda vamos a tempo de nos salvar, assim os Heróis algo escondidos que ainda subsistem saibam ouvir e interpretar o chamamento de um povo que sofre imensamente, chamamento este que também brota das entranhas de Portugal onde repousam os restos mortais dos nossos Gloriosos antepassados.
E é em sua sagrada memória que nós, os d'agora, exigimos que se faça justiça para que se cumpra Portugal.

Transcrevo um pequenino poema escrito em honra do nosso primeiro Rei, que dedico aos Heróis do presente para que reflictam nos milhentos sacrifícios sobre-humanos levados a cabo pelos seus Bravos antepassados, que em bom rigor são os nossos verdadeiros e únicos Heróis, porque foram eles que ergueram e conservaram religiosamente Portugal - até ao dia 25 de Abril de 1974.

A El-Rei D. Afonso Henriques

Primeiro Afonso sou, filho de Anrique
Entr'armas, ante inimigos Rei alçado
Testemunha será o campo d'Ourique
Onde vi JESU crucificado
Esta alta glória a meus herdeiros fique
Por mor que o Reino por mim só ganhado
Que a Cruz e as armas lhes deixei divinas
Para vencerem sempre em cinco quinas.

António Ferreira
1528-1569

 
At 01 February, 2009 16:05 , Anonymous Anonymous said...

Querida Maria:

A este seu excelentíssimo comentário, só poderei acrescentar as palavras/prece de Fernando Pessoa:

«Pae, foste cavalleiro.
Hoje a vigilia é nossa.
Dá-nos o exemplo inteiro
E a tua inteira força!

Dá, contra a hora em que, errada,
Novos infieis vençam,
A benção como espada,
A espada como benção!»

Um bem-haja, querida Amiga!

 

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