
Uma feliz coincidência fez-me chegar a uma conferência sobre Salazar, aqui mesmo em Buenos Aires. Sala repleta no
Instituto de Filosofía Práctica, onde preserva-se uma grande parte da biblioteca do Pe. Júlio Meinvielle e do Prof. Carlos Alberto Sacheri, filósofo católico assassinado em 1974 pelo terrorismo marxista. Assistência ecléctica: jovens, estudantes, diplomatas reformados, sacerdotes, catedráticos, interessados em temas históricos, imigrantes portugueses de longa data, etc. Ali ouviu-se a biografia do grande Homem, sua genialidade e carácter impoluto, os pontos altos da sua obra de governante, os traços fundamentais do seu pensamento político. Fui testemunha - e digo-o com uma ponta de orgulho luso - do interesse, da admiração e do desejo de conhecer mais e melhor esse "modelo de governante", efusivamente manifestados pelos presentes nas perguntas, nos comentários, nos aplausos. Aqui Salazar é S
uperstar. É objecto de artigos, de investigação, de teses doutorais. Penso cá com os meus botões: raros são os povos que em hora de grave crise vêem-se abençoados com a liderança de um Homem de génio e de recta intenção. Mais raros ainda são os povos imbecis que não aprendem nada e destroem-lhe a obra.