Tuesday, June 10, 2008

10 de Junho

Dia 10 de Junho – Dia de Portugal. Mas de qual Portugal? O Portugal daqueles que o fundaram, construiram, dilataram e defenderam? Ou o Portugal dos que o traíram e despedaçaram? Ou daqueles para quem Portugal – ou o que resta dele – constitui uma nesga de terreno povoado para exploração comercial? Já que o “vocábulo” Portugal passou a ser polissémico, convém aqui precisar o que é o “meu” Portugal, o Portugal a quem rendo homenagem a cada instante da existência.

O meu Portugal é a Nação independente que possuía fora da Europa um património sagrado – marítimo, territorial, político e espiritual. É a Nação pluricontinental e multirracial, que o foi por dois terços da sua existência. É o Portugal euro-ultramarino, missionário e evangelizador, legado por nossos Maiores e cuja preservação constituía missão histórica nacional. É a Nação una e eterna, a cujos supremos objectivos subordinavam-se todos. É a Nação que não era partida e repartida entre partidos. É a Nação síntese das realizações materiais e morais das generações passadas, a “essência intangível” da continuidade do povo português ao longo da História. É a Nação património moral e material. É a Nação que não era simples associação para a satisfação de interesses materiais. É a Nação constituida através dos séculos pelo trabalho e pela solidariedade das sucessivas gerações, todas elas interconectadas pela afinidade do sangue e do espírito. É a Nação onde o peso dos sacrifícios e esforços colectivos, a identidade de origem, o património comum e a sintonia espiritual constituiam os pilares do supremo dever de servir a Pátria e de dar a própria vida por Ela.

Viva o Portugal autêntico e Glória aos que pela Pátria tombaram.

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