A igualdade segundo Maurras
O objectivo ideal das sociedades não deve ser colocado nem na igualdade nem na desigualdade de nada; o objectivo ideal das sociedades é sua prosperidade geral e não o uso deste ou daquele meio à procura de dito objectivo. Os propósitos de igualar ou desigualar, de tiranizar ou emancipar, são simples meios e não fins; variam de acordo com o tempo, o lugar e as circunstâncias. Umas vezes é necessário que os haveres e as condições sejam parcialmente niveladas porque atentam contra o bem público as suas diferenças extremas, e outras, ao contrário, o mesmo bem público exige que se escavem fossos, estabeleçam-se distancias e façam-se sentir as diferenças sociais. Encontramo-nos aqui no domínio do que deve ser, o domínio da arte política. Mas a ciência política não deixa de estabelecer que a desigualdade modela a própria base da vida social assim como a base da vida psicológica. Ensina, cada vez mais, que todo progresso tem origem na desigualdade. Numa sociedade de autênticos iguais começaríamos a degolar-nos uns aos outros. (L´Ordre et le Désordre. Les "idées positives" et la Révolution - 1948)
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