À boa moda estalinista
Fui espreitar o sítio web da Universidade de Coimbra. Fui à "História" da instituição, fui aos "Antigos Estudantes", fui aos "Antigos Ilustres". Não há ali nenhum registo de António de Oliveira Salazar. Um dos seus alunos mais brilhantes, um dos seus mais notáveis catedráticos, o ministro das finanças cuja reforma salvou o país, o homem de Estado de craveira excepcional que governou Portugal durante 36 anos - com inteligência, integridade e dedicação exemplares - simplesmente não existiu. Porém, fica-se a saber que o descolonizador exemplar Almeida Santos foi "distinguido" (sim, "distinguido") com um doutoramento honoris causa, que Salgado Zenha e Sousa Mendes são "ilustres" (sim, "ilustres") alunos, etc. Dir-se-ia que na concepção dos responsáveis pelos destinos da velha instituição, a falsificação da História é instrumento válido para a expansão e difusão do "conhecimento universal". Edificante.
3 Comments:
Ora, Caro Euro-Ultramarino, trata-se de deficiência lexical - para eles, ilustre é o que gosta que lhe puxem o lustro. Logo...
Abraço
Caro Réprobo,
Agora, sim, tudo esclarecido. É a grande flexibilidade lexical desses "ilustrados".
Um abraço
Claro! o réprobo sabe! Ninca vi em tão poucas palavras dizer tudo. Parabéns!
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