
Não sou dado a correntes ou a falar de intimidades mas como o “desafio” partiu do excelso Amigo
Réprobo, não posso, evidentemente, recusar. Aqui vão, portanto, as
seis “insignificâncias” acerca de
yours truly:
1) Não suporto ouvir certas barbaridades linguísticas
made in USA e exportadas ao (ainda chamado) Reino Unido, tais como “
there´s two”, ou “
I wish I was”, ou quando alguém responde a um “
How are you?" com um “
I´m good”. Ouço tais disparates na tv ou no cinema e parece que estão a furar-me os tímpanos com um prego.
2) Posso ficar sem comer comida “salgada”, mas não posso ficar sem doces. E isso significa doçaria conventual portuguesa, dulce de leche ou helados argentinos (dos melhores, quiçá os melhores do orbe), ou uma boa dose de chocolates Cadbury.
3) Um bom charuto cubano de quando em vez, depois de uma bela refeição, a acompanhar uma boa leitura ou uma agradável caminhada. O problema com isso é financiar os hermanos Castro...
4) Detesto o ruído de talheres a bater no prato, “arte” na qual muitos portugueses e alemães são mestres. Entra-se num restaurante e fica-se com a impressão de que estão a aperfeiçoar “batuques”.
5) Adoro a montanha coberta de neve encimada por um céu azul profundo. A beleza e a tranquilidade que aí encontro empurram-me um poucochinho mais na direcção do Criador de todas as maravilhas.
6) Abomino as sandálias brasileiras ditas “havaianas”, e que invadiram a Argentina como autêntica praga. Quando penso que no apogeu nacional os argentinos seguiam as modas de Paris e Londres (daquele entonces, já se vê) e exibiam-se elegantérrimos... Mas na decadência o que está a dar é adoptar a tenue tipicamente brasuca: as “havaianas”, o “chórtchi” e a “camiseta”. É trágico. É sintomático.
Com a missão cumprida passo a “batata quente” aos seguintes seis felizardos: