Monday, June 30, 2008

Quanto custa manter um Estado

Há alguns anos foi Norman Finkelstein com The Holocaust Industry e o assunto tabu que tudo justifica, além de render ilimitadas massas. Agora é Eva Figes com Journey to Nowhere e o "processo de selecção" para o povoamento da Terra Prometida versão Palestina-aqui-vamos-nós-1947/48. Castas, preconceito e discriminação na base da Pequena Democracia do Médio Oriente (mimosa expressão concebida pela equipa do Jantar das Quartas).

Monday, June 23, 2008

Nova voz

Como prova de que no Patropi ainda há quem não alinha com a desordem do espírito, recomenda-se aqui, mui vivamente, o blog Contra Impugnantes:

"Espaço destinado a combater a insidiosa e multiforme cultura liberal, que tem entre as suas raízes mais daninhas: uma falaciosa noção de liberdade humana; a idolatria — implícita ou explícita — da consciência individual; a separação entre natureza e moral; a contraposição entre Estado e indivíduo; a dissolução da Religião em categorias morais sem fundamento metafísico; a perda da noção de bem comum político".

Boas leituras.

Sunday, June 22, 2008

Finis Europae

Um dos hábitos que cultivei durante largos anos foi o de guardar em ficheiros improvisados artigos e notas de imprensa que me pareciam interessantes. Outro hábito foi o de comparar, de tempos em tempos, o que ali se comentava, com que veio a produzir-se anos mais tarde. A falta de espaço, mesmo mitigada pelos recursos da informática, impõe o ritual do spring cleaning, nem sempre coincidente com a estação das flores. Pois foi durante a última arrumação que encontrei o comentário de um leitor a um artigo de Jean d´Ormesson, grande escritor e académico francês, publicado no Figaro em janeiro de 2000, e que versava sobre os possíveis acontecimentos que marcariam significativamente o fim do século XX. Para o ilustre homem de letras estes poderiam ser: a) uma explosão nuclear catastrófica, b) a descoberta de alguma forma de vida fora do planeta terra, c) a clonagem de um ser humano. Segundo o leitor, o autor do sublime Au plaisir de Dieu havia esquecido de mencionar o acontecimento mais provável e mais próximo: o desaparecimento da Europa actual sob o peso da imigração, processo em plena execução e que marca não o fim do século XX, mas o fim de vinte séculos de civilização cristã. Dou-lhe carradas de razão. Volvidas quatro décadas sobre o alerta de Enoch Powell - quando ainda era possível barrar o fenómeno e inverter a tendência -, nada foi feito, ou melhor, tudo foi feito, mas ao contrário. Das fronteiras escancaradas passou-se à ausência de fronteiras, da imigração em massa chegou-se à invasão. Aqui não há obra do acaso, nem dos elementos. É política traçada com régua e compasso. Os senhores da Europa sabem muito bem o que querem e para onde vão, mas não é bom o que querem nem é para o bem que estão a ir.

Sempre cabe mais um

Por acaso assisti a alguns momentos da entrevista de António Guterres no Hard Talk da BBC World. Fiquei bem impressionado com a sua fluência na língua de Shakespeare - infinitamente superior ao inglês técnico, independente e domingueiro do quase-engenheiro que (des)anda por São Bento. Já bem menos impressionado fiquei com a sua ideia de exportar hordas de refugiados de variada extracção a países "ricos", tais como os EUA, o Canadá, a Austrália e - para variar - a nossa superlotada Europa. A imigração-invasão que vem assolando o velho continente já degradou boa parte dos europeus a cidadãos de segunda-classe em sua própria casa. A próxima etapa será a sua transformação em "refugiados". Para a Europa, pois. Bilderberguianamente e em força!

Wednesday, June 18, 2008

Já vão 100 dias de loucura argentina

Monday, June 16, 2008

Culto de um criminoso

No momento em que agrava-se o enfrentamento entre os espoliados produtores agro-pecuários e o desgoverno de Bonnie & Clyde - presságio de mais uma desgraça nacional -, o país dos argentinos assiste às homenagens aos oitenta anos do nascimento de Ernesto Guevara Lynch de la Serna, o famigerado Che das t-shirts, e que culminam com a inauguração de uma estátua em bronze com quatro metros de altura na cidade de Rosário, em praça que leva o seu nome.

Nomeado por Fidel Castro director do forte-prisão La Cabaña, Guevara comandou não só a tortura como a execução de mais de duas mil pessoas. Libertador de povos, considerava os processos judiciais expedientes inúteis e a apresentação de provas algo de importância secundária. Defensor de camponeses e proletários, castigou com fuzilamento os trabalhadores que se atreveram a cruzar os braços. Instructor de tantos jovens idealistas que esquadrinharam continentes para construir o paraíso terrestre, o humanista que se acaba de homenagear em imponente bronze, soube, de forma modelar, ensinar como viver "sedento de sangue" e em função do ódio - do "ódio como factor de luta, o ódio intransigente ao inimigo, que impulsiona o ser humano para além das limitações naturais e o converte numa efectiva, violenta, selectiva e fria máquina de matar".

Enquanto isso, nessa mesma Argentina virada do avesso, malham com os ossos na cadeia os elementos das Forças Armadas que puseram cobro ao terrorismo e à guerrilha comuno-guevarista.

Friday, June 13, 2008

Hoje sou Irlandês


Róisín Dubh/Little Dark Rose

A Róisín ná bíodh brón ort fár éirigh dhuit-tá na bráithre ag dul ar sáile is iad ag triall ar muir,tiocfaigh do phardún óa bPápa is ón Róimh anoiris ní spáráilfear fíon Spáinneach ar mo Róisín Dubh.

Little Rose, be not sad for all that hath behapped thee:The friars are coming across the sea, they march on the main.From the Pope shall come thy pardon, and from Rome, from the East-And stint not Spanish wine to my Little Dark Rose.

Is fada an réim a lig mé léi ó inné do dtí inniu,trasna sléibhte go ndeachas léi is mo sheólta ar muir;An éirne scoithe sí de léim í cé gur mór é a sruth;is mar cheól téad ar gach taobh di a bhíonn mo Róisín Dubh.

Long the journey that I made with her from yesterday till today,Over mountains did I go with her, under the sails upon the sea,The Erne I passed by leaping, though wide the flood,And there was string music on each side of me and my Little Dark Rose!

Mhearaigh tú mé, a bhradóg, is nár ba fearrde dhuit,'s go bhfuil m'anam istigh i ngean ort is ní inné ná inniu.D'fhág tú lag anbhann mé i ngné is i gcruth;ná feall orm is mé i gnean ort, a Róisín Dubh.

Thou hast slain me, O my bride, and may it serve thee no whit,For the soul within me loveth thee, not since yesterday nor today,Thou has left me weak and broken in mien and in shape,Betray me not who love thee, my Little Dark Rose!

Shiúfainn féin an drúcht leat is fásaigh goirtmar shúil go bhfaighinn rún uait nó páirt ded thoil;a chraoibhín chumhra, gheallais damhsa go raibh grá agat dom,is gurb í plúrscoth na Mumhan í mo Róisín Dubh.

I would walk the dew with thee and the meadowy wastes,In hope of getting love from thee, or part of my will,Frangrant branch, thou didst promise me that thou hadst for me love-And sure the flower of all Munster is Little Dark Rose!

Dá mbeadh seisreach agam threabhfainn in aghaidh na gcnocis dhéanfainn soiscéal i lár an Aifrinn do mo Róisín Dubh;bhéarainn póg don chailín óg a bhéarfadh a hóighe dhomis dhéanfainn cleas an leasa le mo Róisín Dubh.

Had I a yoke of horses I would plough against the hills,In middle-Mass I'd make a gospel of my Little Dark Rose,I'd give a kiss to the young girl that would give her mouth to me,And behind the liss would lie embracing my Little Dark Rose!

Beidh an Éirne 'na tuilte tréana is réabfar cnoic,beidh an fharraige 'na tonnta dearga is an spéir 'na fuil,beidh gach gleann sléibhe ar fud éireann is móinte ar crith,lá éigin sula n-éagfaidh mo Róisín Dubh.

The Erne shall rise in rude torrents, hills shall be rent,The sea shall roll in red waves, and blood be poured out,Every mountain glen in Ireland, and the bogs shall quakeSome day ere shall perish my Little Dark Rose!

Tuesday, June 10, 2008

10 de Junho

Dia 10 de Junho – Dia de Portugal. Mas de qual Portugal? O Portugal daqueles que o fundaram, construiram, dilataram e defenderam? Ou o Portugal dos que o traíram e despedaçaram? Ou daqueles para quem Portugal – ou o que resta dele – constitui uma nesga de terreno povoado para exploração comercial? Já que o “vocábulo” Portugal passou a ser polissémico, convém aqui precisar o que é o “meu” Portugal, o Portugal a quem rendo homenagem a cada instante da existência.

O meu Portugal é a Nação independente que possuía fora da Europa um património sagrado – marítimo, territorial, político e espiritual. É a Nação pluricontinental e multirracial, que o foi por dois terços da sua existência. É o Portugal euro-ultramarino, missionário e evangelizador, legado por nossos Maiores e cuja preservação constituía missão histórica nacional. É a Nação una e eterna, a cujos supremos objectivos subordinavam-se todos. É a Nação que não era partida e repartida entre partidos. É a Nação síntese das realizações materiais e morais das generações passadas, a “essência intangível” da continuidade do povo português ao longo da História. É a Nação património moral e material. É a Nação que não era simples associação para a satisfação de interesses materiais. É a Nação constituida através dos séculos pelo trabalho e pela solidariedade das sucessivas gerações, todas elas interconectadas pela afinidade do sangue e do espírito. É a Nação onde o peso dos sacrifícios e esforços colectivos, a identidade de origem, o património comum e a sintonia espiritual constituiam os pilares do supremo dever de servir a Pátria e de dar a própria vida por Ela.

Viva o Portugal autêntico e Glória aos que pela Pátria tombaram.

Tuesday, June 03, 2008

Nobre combate

Dia 9 terá início o showtrial de António Balbino Caldeira, responsável pelo Do Portugal Profundo. Investigar, denunciar e combater sem descanso o demoníaco crime da pedofilia praticado à sombra de um Estado corrupto, é expor-se à ira implacável dos fazedores do Mal. Registo aqui a minha solidariedade com o corajoso bloguista.

Sunday, June 01, 2008

Segunda Guerra

A manipulação da História pelos vencedores ou, o que talvez seja pior, pelos derrotados, é assunto tão ignominioso como fascinante. How can they get away with it? - já perguntaria algum anglófono. Edificante mesmo é a versão oficial sobre a chamada Grande Guerra II, provocada pela violação, por parte do Reich alemão, da "integridade" polaca. Inglaterra e França, democratérrimas, sairam a terreiro para defender a Polónia da agressão teutónica, ainda mais nazi. Só que a rapaziada anglo-gaulesa (ainda o era na época...) esqueceu-se de ir às vias de facto com o tio Zé Estaline, o amigaço soviético que engolia e triturava, a partir do Leste, a nação de católicos exemplares, e não só... E no fim da contenda, apresentada e festejada Urbi et Orbi como vitória exemplar (assim como a "descolonização" abrilino-portuguesa do execrável Bochechas e sua troupe), lá estava a pobre Polónia, martirizada e sem a tal da "integridade", devidamente ocupada pelo comunismo russo, com o seu arame farpado e os seus cemitérios sem cruz. A propósito disso, e como que a sintetizar essa combinação fantástica de irracionalidade e hipocrisia, recomendo aqui um artigo de Patrick Buchanan, o qual toca no tema de seu último livro, Churchill, Hitler and the Unnecessary War.

[...] the awful truth about what really triumphed in World War II east of the Elbe. And it was not freedom. It was Stalin, the most odious tyrant of the century. Where Hitler killed his millions, Stalin, Mao, Ho Chi Minh, Pol Pot and Castro murdered their tens of millions.