Thursday, January 24, 2008

Fugir ao calor...

Até meados de fevereiro!

Wednesday, January 23, 2008

Jacarandás em Buenos Aires

O azul-violeta das flores dos incontáveis jacarandás junta-se ao beige da pierre de taille das fachadas francesas e ao verde dos grandes parques. Buenos Aires no seu belo e inconfundível colorido. O çéu e o entardecer porteños sempre recordam Lisboa - o azul profundo, a luz alaranjada. Pequenos prazeres que valem a pena registar.

Tuesday, January 22, 2008

À boa moda estalinista

Fui espreitar o sítio web da Universidade de Coimbra. Fui à "História" da instituição, fui aos "Antigos Estudantes", fui aos "Antigos Ilustres". Não há ali nenhum registo de António de Oliveira Salazar. Um dos seus alunos mais brilhantes, um dos seus mais notáveis catedráticos, o ministro das finanças cuja reforma salvou o país, o homem de Estado de craveira excepcional que governou Portugal durante 36 anos - com inteligência, integridade e dedicação exemplares - simplesmente não existiu. Porém, fica-se a saber que o descolonizador exemplar Almeida Santos foi "distinguido" (sim, "distinguido") com um doutoramento honoris causa, que Salgado Zenha e Sousa Mendes são "ilustres" (sim, "ilustres") alunos, etc. Dir-se-ia que na concepção dos responsáveis pelos destinos da velha instituição, a falsificação da História é instrumento válido para a expansão e difusão do "conhecimento universal". Edificante.

Friday, January 18, 2008

Espécie em extinção


Thursday, January 17, 2008

As delícias do capital

Chesterton dizia que muito capitalismo não significa muitos capitalistas - significa, sim, poucos. O processo de concentração do capital materializado na hegemonia das mega-empresas e dos mega-bancos que controlam os mercados, estes, por sua vez, cada vez mais unificados, trazem à mente o Distributismo concebido por Gilbert Keith Chesterton e Hillaire Belloc. A partir da condenação simultânea do capitalismo liberal e do socialismo colectivista, os dois apologistas católicos formularam uma alternativa superadora de ambos, baseada na pequena propriedade familiar, no trabalho do artesão, no regresso ao campo e à natureza. E por falar em capitalismo liberal e socialismo colectivista a História parece que vai confirmando que o capitalismo e o socialo-comunismo são, de facto, irmãos, filhos do mesmo papá e da mesma mamã. A celeuma à volta da luta pelo controlo do maior banco privado português e o papel aí desempenhado pelo maior banco estadual português, com antigos marxistas, banqueiros e parvenues à mistura, ilustra sobejamente como o Estado parido pela abrilada foi transformado em coutada para o gáudio de pulhíticos e respectiva clientela. Ontem era expropriar e "fuzilar" no Campo Pequeno. Logo, logo, consumada a ruína (dilapidação da "pesada herança"), havia que pensar em arranjar umas massas. Toca a viajar para aí com o pires na mão para conseguir umas esmolitas. Do fato macaco passa-se a gestor, depois a empresário... a banqueiro é um salto. Sempre em nome da liberdade e da democracia. Viva, pois, o capital!

A não deixar de ler na Grande Loja do Queijo Limiano:

Wednesday, January 16, 2008

Pensamento do dia - Maurras à la carte

A Revolução quis disfarçar nossas diferenças naturais, mas não conseguiu impedir que elas existam. (L´Ordre et le Désordre - 1948).

Tuesday, January 15, 2008

Je Maintiendrai faz dois anos

Para a colecção deste connaisseur extraordinaire, três lembranças da arte gauchesca:



Monday, January 14, 2008

"Este nosso Portugal"

Ao tentar - baldadamente - ordenar a desordem dos papéis, tive o gosto de encontrar um opúsculo sobre Portugal, editado pelo antigo SNI, provavelmente lá por meados dos ´60, e dirigido aos jovens filhos de emigrantes portugueses espalhados pelo mundo. Com grande quantidade de fotografias, o volume oferece uma interessante viagem pelo Portugal pluricontinental, enquanto informa acerca da realidade socio-económica das diversas parcelas da Nação. Como não podia deixar de ser, Este nosso Portugal, já à partida, recorda quem somos, de onde viemos e por que razão defendemos a nossa maneira de estar no mundo. O texto seguinte, em forma de carta, introduz a publicação. Não necesita maiores explicações a oposição antitética, não apenas entre as concepções de Portugal, mas, sobretudo, entre os valores transmitidos à juventude daquele tempo e aqueles que vêm sendo inculcados - muito democrática e sofisticadamente - desde há mais de três décadas.

Amigo:

Este livro é teu. Ele quer ser o lenço com que a Pátria - tua mãe - te acena saudosamente e te diz "até à vista".

Este livro é teu. Nele encontrarás pedacinhos de tudo que amaste, de tudo o que falou ao teu coração. Quem sabe se lá nesse país distante que te acolheu, ao folheares as suas páginas, não sentirás duas lágrimas, amargas e doces, brotarem dos teus olhos que sabem recordar...

Este livro é teu. Vai falar-te da Pátria que não te esquece, contar-te coisas que conheces e outras que ignoras porque o tempo não pára e é preciso andar em frente. Falar-te do Portugal terra-mãe e do Portugal que a tua raça espalhou pelo mundo, para ao mundo levar uma mensagem de Fé e de Amor.

Este livro é teu, emigrante amigo. Ele é um pouco desta Pátria que te ama e fica à tua espera, como mãe estremosa, para na hora da chegada dize-te "Sê benvindo, meu filho!".

Friday, January 11, 2008

Edith Piaf

Mistinguett

Jean Gabin

Maurice Chevalier

Sacha Guitry

Conversa fiada

Thursday, January 10, 2008

Santo Hugo?

Qualquer dia desses vamos ver o filantropo Hugo Chávez aterrar em Paris de mãos dadas com Ingrid Betencourt, gentilmente liberada pelos homens de boa vontade das Farc. Com pompa e circunstância lá estará o presidente-sem-uma-gota-de-sangue-francês-da-França para os receber. De uma assentada o sargentão venezuelano transforma-se no "Libertador" e é promovido a pessoa de bem. E Álvaro Uribe fica como o malvado, o imprestável... Pois a "nódoa" que macula a unanimidade socialista sul-americana parece que está com os dias contados.

Wednesday, January 09, 2008

A igualdade segundo Maurras

O objectivo ideal das sociedades não deve ser colocado nem na igualdade nem na desigualdade de nada; o objectivo ideal das sociedades é sua prosperidade geral e não o uso deste ou daquele meio à procura de dito objectivo. Os propósitos de igualar ou desigualar, de tiranizar ou emancipar, são simples meios e não fins; variam de acordo com o tempo, o lugar e as circunstâncias. Umas vezes é necessário que os haveres e as condições sejam parcialmente niveladas porque atentam contra o bem público as suas diferenças extremas, e outras, ao contrário, o mesmo bem público exige que se escavem fossos, estabeleçam-se distancias e façam-se sentir as diferenças sociais. Encontramo-nos aqui no domínio do que deve ser, o domínio da arte política. Mas a ciência política não deixa de estabelecer que a desigualdade modela a própria base da vida social assim como a base da vida psicológica. Ensina, cada vez mais, que todo progresso tem origem na desigualdade. Numa sociedade de autênticos iguais começaríamos a degolar-nos uns aos outros. (L´Ordre et le Désordre. Les "idées positives" et la Révolution - 1948)

Ah...esses democratas...

Reajustar e acelerar

Vivi um tempo em Washington, D.C., em meados dos ´80, em plena era Reagan. Confesso que desde que o velho actor retirou-se não senti mais interesse em acompanhar a política interna estadounidense. Os anos Clinton derrancaram-me o estômago – em geral resistente – aos vómitos de nojo. E à cada quadriénio, nas eleições presidenciais, em meio às bandas de música e ao palratório burlesco hollywood-style, a questão resume-se em saber quem é o candidato que defende a vida do nascituro e, mais recentemente, o matrimónio tradicional – o que apenas significa: em conformidade com a natureza humana. Tudo o resto arranja-se... Ah!, já esquecia: em 2004 cheguei a perder o sono com a possibilidade da nossa euro-ultramarina, frelimista e bilionária Terezinha Simões Ferreira Heiz Kerry tornar-se First Lady. Desta vez, a menos que ocorra uma hecatombe até novembro é quase inevitável que um “democrata” – talvez mesmo um “progressista secular” – vá parar à Casa Branca. Há um bom ano já suspeitava das grandes hipóteses da dupla Hillary Clinton/Barack Obama instalada em 1600 Pennsylvania Ave. Hoje confirmo a aposta na díada – talvez, até mesmo, com a ordem dos elementos invertida. A confirmar-se a previsão, nada será o mesmo nos EUA, com os efeitos correspondentes sentidos em outras partes do globo. Seja como for, uma coisa está fora de discussão: os arquitectos da Nova Ordem Mundial nunca dão ponto sem nó. É reajustar e acelerar o processo de implementação.

Monday, January 07, 2008

Interiores II

A única hipótese é aproveitar todos os espaços.

Objectos II

Para as longas caminhadas.

Objectos I

Ah!... e as cigarrilhas?

Interiores I

Casa de um legítimo euro-ultramarino.

Sunday, January 06, 2008

Dia de Reis

Die drei Koenige, Albrecht Duerer, 1504

Domingo, dia de Reis, passado em casa, entre alguma comilança, tarefas domésticas inadiáveis e umas leituritas. Sem bolo-rei (que inveja do Réprobo, ali mesmo ao pé da Garrett! e que saudades das galettes do Le Nôtre de meus tempos parisienses!), contentei-me com os restos de um óptimo Christmas Pudding, preparado por yours truly há um ano e estrategicamente ocultado no congelador.

Saúde!

Eu fico com esta.

Saturday, January 05, 2008

"Cambalache" por Julio Sosa

Escrito pelo genial Enrique Santos Discépolo em 1935, a mensagem deste tango aplica-se à risca ao Portugal contemporâneo.

Puros

Nada como um bom puro depois duma bela refeição. Apreciador do tabaco cubano, tenho vindo a diminuir consideravelmente o seu consumo, não só porque fartei-me de dar dinheiro ao Fidel, mas, sobretudo, devido à escalada dos preços dos habanos - um escândalo económico! E eu, pobre de mim, com os meus pesitos argentinos devidamente desvalorizados... É que na hora do export/import a solidariedade socialista entre os hermanos iberoamericanos é enfiada na gaveta e o que conta mesmo é o "caroço" made in USA.

Em tempos de perseguição implacável aos fumadores em Portugal, presto homenagem especial às charmosíssimas mulheres apreciadoras de puros, como a muchacha de arriba.

Lembrete para desmemoriados

No dia em que D. Juan Carlos de Borbón cumpre setenta anos vale a pena recordar o que disse pouco após a morte do Generalíssimo. Como seria diferente o mundo se os povos tivessem memória e os homens cumprissem com os juramentos solenemente prestados, com a mão sobre os Santos Evangelhos.

Friday, January 04, 2008

2008

Desastres cibernéticos, corre-corre de fim de ano e uma viagem pelo meio mantiveram-me (outra vez) afastado deste espaço. Aos primeiros devo a inexplicável ocultação da minha mensagem de Natal, a qual foi aparecer lá para atrás como publicada no dia 12/12... e a impossibilidade de usar a engenhoca informática para o fim que fosse - "placa de vídeo" queimada... Com as devidas desculpas peço aos Amigos que aceitem os meus atrasados votos (ainda vão a tempo, antes do dia de Reis!) de um Feliz Ano Novo - com muito fogo de artifício e música de Delalande e Haendel.